I ª fase – Corpo, Voz e Memória – workshop
- Abordagem do processo criativo através da metodologia das acções físicas; conceito corpo-memória e motivação; introdução ao training físico; a voz e o processo ressonador; noções de ritmo e melodia; corpo, espaço e relação.
de 22 de Outubro a 13 de Dezembro, 3 vezes por semana [a definir horário de acordo com os participantes]
- Apresentação pública de exercício performativo final em site-specific.
14 e 15 de Dezembro
Direcção artística: Helena Botto
------------------------------------------------------------------------------------------------Estas sessões decorrerão no
Bar do Mercado Negro ---
[Nota: iniciativa limitada a 15 participantes pela ordem de inscrição. Inscrição confirmada após pagamento.]
7 comentários:
qual é o target? bailarinos e actores? ou é mais abrangente?
é abrangente - destina-se a todos com interesse na prática das artes performativas: profissionais, não-profissionais, estudantes, curiosos e afins.
Constato que a cultura não está morta. Felicito-a.
Um abraço
Pelo video espero que a Helena Botto não seja a formadora. ;)))
Postscriptum a cultura não está morta, está muito ferida como se pode aqui ver. O lixo se refugia numa especie de limbo contemporaneo.
E agradecia uma tradução para português de: "Incide as suas procuras na estruturação e desenvolvimento de uma linha técnico-metodológica objectiva assente numa relação de corporeidade/organicidade, que permite a consubstancialização do processo criativo, no trabalho do performer."
Só pode ser uma piada!
Caro David Gomes [ou deveríamos antes tratá-lo por JP? não se preocupe respeitaremos o anonimato que o pseudónimo esconde] o Projecto Transparências felicita-o (com relativa surpresa) por verificar que é uma das pessoas que mais visita o nosso blog (todos os dias, várias vezes ao dia)... para quem diz não gostar de lixo... será no mínimo de estranhar... mas cada um lá sabe por onde anda e, certamente, não nos cabe a nós julgar...
Em relação à tradução para português, talvez um bom dicionário possa, eventualmente, ajudar (ou não!!)... podemos também adiantar que brevemente o blog estará disponível noutras línguas (mas pode bem dar-se o caso de isso ainda lhe dificultar mais a vida)...
No entretanto e se realmente o assunto lhe interessa, sugerimos-lhe que se inscreva na nossa iniciativa HAMARTIA, o workshop já está a decorrer desde o início da semana, mas se aparecer amanhã, faremos de tudo para ainda o integrar no processo que tantas questões, curiosidade e visitas lhe tem suscitado :)
Boa continuação :) e não se iniba ;)))
Cara amiga responi-lhe através de e-mail e espero ter contribuido de alguma forma para esclarecer os pontos que focou. Agradeço-lhe muito as suas visitas, mas acima de tudo a forma participativa com que as faz.
Um grande abraço.
Antes de tudo quero saudá-la e ao magnífico trabalho que tem desenvolvido em prol da cultura e da arte. Os meus sinceros parabéns.
Colocou no seu comentário - eis porque acho a blogosfera um local privilegiado - algumas questões de enorme pertinência.
Partilhamos o mesmo gosto pelo trabalho da Marina Abramovic que pessoalmente considero um trababalho poético; um trabalho que implica a performance, de que é uma das vozes singulares, tendo-se afirmado nos anos 70 com Rhythms. Em Rhythms o corpo da artista - o corpo/a tela - é explorado até à exaustão em situações-limite - mesmo no uso de drogas; o que significa que Marina Abramovic procura no corpo a espiritualidade que o habita, isto é, coloca-se no plano da imanência. Com a artista Ulay, sua colaboradora a partir de 1975, Marina Abramovic continua a explorar nos seus trabalhos a dualidade prazer-dor, mesmo (melhor: sobretudo) perante os olhos de terceiros, os olhos do observador.
Acerca de Marina Abramovic já escrevi, e defendi que a obra desta artista se colocava no plano da imanência. Havia, então, uma pulsão de vida (aquilo que Nietzsche implica no conceito de «vontade de poder»). Na performance do Palais de Tokyo há uma pulsão de morte. (Esta performance já aconteceu há algum tempo)
Entretanto, é de não confundir o conceito de «morte do homem», implicado na ascese, com o mesmo conceito defendido pelos estruturalistas, onde o «eu» é substituído pelo «isso», a estrutura - e que Ricoeur vai, acertadamente, analisar.
Tentando responder às questões que me colocou: pessoalmente acredito que um objecto pode ter uma função poética sem no entanto agradar; um objecto e/ou qualquer forma de expressão artística. Repare, nem toda a gente gosta de Pessoa; poderemos por isso afirmar que a obra que deixou não é uma expressão poética?
A Arte - e/ou as várias formas de se manifestar - "enferma" de critérios mais do que duais. Nessa multiplicação de interpretações, reside, a meu ver, claro, o cerne da Arte.
Como sabe, a ciência (e também teoria comunicacional) da semiótica é ainda muito jovem e não se prende a ideias ou conceitos fechados como outras ciências mais antigas. É muito mais flexível e oferece, uma maior abertura a novas concepções, tornando possível a formação de novas ideias sobre o que vem a ser a própria semiótica e qual o seu campo de aplicação.
A Semiótica – afinal uma das disciplinas da semiologia, mas que de certa forma ganha vida própria, tornando-se ela mesma uma ciência, como já acima referi – foi concebida há algum tempo, porém, sem ser considerada uma ciência; Charles Sanders Peirce, na essência, um cientista, fez dela um método de estudo.
Através dos estudos realizados por Peirce a Lógica ou Semiótica tornou-se a ciência geral de todos os signos e linguagens possíveis. Sendo assim ela torna-se muito abrangente, podendo estudar-se praticamente tudo sob um ponto de vista semiótico. Isso ofereceu, principalmente aos profissionais da área de comunicação, novos recursos para se estudar, por exemplo, como se dá a interacção entre tudo e entre todos. Esses estudos são especialmente interessantes para os profissionais da área de comunicação.
Uma das possíveis definições de Semiótica poderia ser: ciência que estuda os signos e o poder comunicativo dos mesmos. Esta seria uma das muitas interpretações possíveis e existentes sobre da Semiótica; no entanto, este conceito é muito mais abrangente. Poderemos subdividi-la em vários sectores como: a "semiótica-biológica", sendo aquela que estuda os signos, e consequentemente as linguagens, dos sistemas biológicos; a "semiótica-estética", como aquela que estuda os signos e a linguagem das artes; e assim por diante.
Situada na área de ciências humanas, a Semiótica estuda, segundo Lúcia Santaella,"toda e qualquer linguagem". Mas faço notar a nuance usada por Santaella: ela fala em linguagem e não em língua.
A linguagem não tem necessariamente – como bem sabe - de ser verbal ou escrita, pode ser gestual, visual, sonora (mas não verbal) , entre outras.
As minhas desculpas por apenas agora ter respondido, mas durante o dia, revelou-se impossível, por razões de trabalho.
Abraços
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