O Álbum é uma criação híbrida que entrecruza os universos da performance, da fotografia, do vídeo, da imagem em tempo real e da música, utilizando como fio dramaturgico condutor alguns fragmentos de textos de Câmara Clara de Roland Barthese de Crave de Sarah Kane. Há nesta amálgama de linguagens um elemento que as contrapõe: a questão da imobilidade e do devir. Tal como a fotografia, a música, as imagens de vídeo e os textos, não estão sujeitos à mudança e ao desgaste (a menos que deliberadamente neles intervenhamos a posteriori da sua concepção), no entanto o corpo (performance) esse estará irremediavelmente sujeito ao desgaste, à perda, à transformação. É talvez a cruel fatalidade a que não poderemos escapar e sobre a qual nos propomos reflectir.
O Álbum (The Album) is a hybrid creation which intertwines the universes of performance, photography, video, image in real time and music, using some fragments of texts from La Chambre Claire (Camera Lucida) by Roland Barthes and Crave by Sarah Kane as the conducting dramaturgic thread. There is an element that counters them in this fusion of languages: the issue of the immobility and the change. Neither the photographs, nor the video images nor the texts are subject to change and wear (unless we deliberately intervene in them, a posteriori to their conception). However the body (performance) will be irremediably subject to wear, to loss and to transformation. It is perhaps the cruel fatality from which we can not escape and about which we intend to reflect.
Conceito, direcção artística, concepção plástica e instalação espacial, dramaturgia e performance Concept, artistic direction, plastic conception and spacial installation, dramaturgy and performance: Helena Botto // Composição musical original e sonoplastia Original music composition and sonoplasty: João Figueiredo // Edição e mistura de vídeo Video editing and mixing: Cláudio Oliveira // Performers no vídeo Performers on the video: Helena Botto e Pedro Bastos // Texto Text:fragmentos de “Câmara Clara” de Roland Barthes e de “Crave” de Sarah Kane fragments from “La Chambre Claire” (Camera Lucida) by Roland Barthes and from “Crave” by Sarah Kane // Desenho de luz Lights Design: José Nuno Lima // Operação de luzes Lights operation: João Teixeira // Design gráfico Graphic design: Look Concepts // Produção executiva Executive production: Helena Botto / Projecto Transparências – criação de objectos performativos – associação // Registo fotográfico da performance Photographic recording of the performance scene: Susana Neves // Registo videográfico da performance Video recording of the performance scene: António Fonseca / Cine-Clube de Avanca // Agradecimentos Thanks: André de Brito Correia, Ana Sofia Ricardo, António Costa Valente, Bruno Reis / João Veludo (e à equipa do and to the team of Gretua), Hugo Martins, João Mendes, José Filipe Pereira, Pedro Bastos e família Bastos, Teresa Gomes de Albuquerque, Tiago Castro e um agradecimento muito especial a and a very special thank-you toEmanuel Pina. // Tradução textos do catálogo Translation of texts and catalogues: Teresa Gomes de Albuquerque // Uma produçãoA Projecto Transparências – criação de objectos performativos – associaçãoproduction em co-produçãoin co-production com o PerFormas // Difusão / Agenciamento Divulgation // Management: Skénè – Cooperação e Desenvolvimento Cultural // Apoios Support: Fundação Calouste Gulbenkian (programa Novos Encenadores), Instituto Português da Juventude, MC/ Direcção Geral das Artes e Look Concepts.
uma criação performativa livremente inspirada em "À espera de Godot" - DISPONIVEL PARA DIGRESSÃO A PARTIR DE JUNHO DE 2008 - fotografia de Susana Neves
Projecto Transparências - criação de objectos performativos
Direcção Artística - Helena Botto, Aveiro, Portugal
Fundado em Aveiro em Dezembro de 2006, o PROJECTO TRANSPARÊNCIAS- criação de objectos performativos é uma estrutura profissional dedicada à pesquisa e criação no âmbito das artes performativas, situando as suas acções nas linguagens contemporâneas, privilegiando a experimentação, o trabalho do performer e a sua relação transdisciplinar com outras áreas artísticas.
Na construção do discurso performativo, as suas procuras incidem na estruturação e desenvolvimento de uma linha técnico-metodológica objectiva, assente numa relação de corporeidade/organicidade, que permite a consubstancialização do processo criativo no trabalho do performer.
O corpo, enquanto ferramenta do processo criativo, torna-se um veículo orgânico, um canal transparente capaz de transmitir estímulos e motivações diversas e comportamentos psico-físicos de teor extra-quotidiano.
Na criação de objectos performativos, a intersubjectividade do performer estende-se a domínios estéticos muito próprios que, para responder às suas necessidades criativas, recorre à interacção com outras disciplinas, como sendo a música, as artes plásticas e visuais, o vídeo e a multimédia, e.o.
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