26/06/2008

Please do not strangle the heart!

brainheartbody (melted/together) brain heart boby

A procura deve ser prática e só depois devem surgir as questões decorrentes do processo. É esta a forma como entendo e abordo o processo criativo. No meu entender o performer é aquele que executa, consciencializa aquilo que executa e depois racionaliza aquilo que executa. Isto não quer dizer que não tenha uma concepção prévia do trabalho que pretende executar, quer tão somente dizer que no momento exacto da criação, a cabeça, o coração e o corpo devem ser unos e não estar separados, quando estes três elementos se dirigem em rumos opostos será difícil encontrar um momento total de organicidade criativa, de despojamento. Está aqui subjacente o princípio: primeiro faço e depois interrogo-me sobre aquilo que fiz. Se me interrogo antes sobre aquilo que vou fazer, se racionalizo antes aquilo que vou fazer, já estou a limitar racionalmente o meu próprio corpo, e consequentemente ele responder-me-á de acordo com aquilo que eu julgo poder ser a sua resposta e não necessariamente com a sua resposta mais autentica, aquela que desconheço, muitas vezes. Essa resposta do corpo que me é imposta de forma racional, estará carregada das minhas concepções intelectuais sobre o mundo, os meus pré-conceitos, a minha formatação cultural. Uma coisa é a conceptualização do objecto artístico a criar, toda a estética a ele subjacente, a linha dramatúrgica, a sua montagem, outra coisa é a procura do impulso orgânico do acto da criação.

If your heart get frozen by the brain, let your body eat your heart!
If your heart get frozen by the brain, let your body eat your heart!
If your heart get frozen by the brain, let your body eat your heart! ------------------------------------------------------------------------------------------------

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